domingo, 21 de dezembro de 2014

Algo como: Escolha



E eu tenho alguma?
Digo, tenho alguma escolha?
Você pega minha vontade e a transforma em nada menos que uma passagem de ideias,
Como se tudo o que eu sentisse fosse apenas algo que minha mente por desfortúnio criou,
Faz-me pensar que imaginei tudo isso,
Que o que se sente não é sentido, mas sim pensado e imaginado
Como se em um "insight"  tudo o que sinto houvesse surgido,
Assim, do nada
é uma ilusão?
quer dizer, foi tudo uma ilusão?
Como algo que ocorre pra ambos pode apenas significar algo para uma das partes?
Acho que pode,
Acho que ocorre, que é assim que as coisas são,
quando não é pra funcionar
quando a escolha não cabe a nós
somos só nós que sentimos
sentimos a falta dela, porque não depende de nós afinal de contas,
Porque nunca dependeu,
em todo o caminho até o fim o devia ter sabido,
que no final apenas pra mim teria sentido,
Mas o que eu faço em momentos assim?
eu continuo,
eu quero ver como isso vai acabar,
como vai acabar me destruindo,
Pois como disse Shakespeare, ame, e se doer ame mais ainda, e se doer mais, ame mais, até não doer mais.
E dói, mas é a dor que nos mostra que vivemos
acho que as vezes a vida nos dá essa dor,
só pra nos lembrar que ela está lá,
que você não pode escapar dela,
eu digo, da vida
Eu acabei me gabando,
acabei me vangloriando, de não sentir tal dor
e acabei amando por isso, esse foi meu castigo
meu desfortúnio, minha carga de carma,
Mas não mais tenho escolha, certo?
e agora eu aprendo, porque a vida também nos faz aprender
depois da punição sempre há uma lição
E bem, estou me esforçando para passar por tal.