quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Dúvidas entre o Sempre e o Nunca.

     
           O sempre é demasiadamente longo, assim como o nunca é grande demais para qualquer um.
Sendo assim o sempre e o nunca são deverás semelhantes, mesmo sendo tão diferentes, não podem se encontrar em nenhum momento, mesmo estando tão próximos que quase conseguem se tocar por serem extremos em suas próprias circunstâncias.
           Mas mesmo assim parece complexo achar um meio termo, geralmente é: "Agora ou Nunca"; ou " Hoje e Sempre" esse nunca e esse sempre não se encontraram... Que sua única utilidade é de dar impacto ou algum sentido a uma frase já é sabido, que um ser humano não consiga cumprir o seu nunca e o seu sempre pode ser visivelmente compreendido, afinal o ser humano não é o mesmo por todo o sempre de sua vida, e as suas circunstâncias não garantem nunca mudarem.
          Imagino que ainda que sejam palavras tão definidas e que não admitam discussão sequer ao serem proferidas elas tenham tantas falhas quanto as bocas que as articulam, se eu digo algo como o clichê “Eu sempre te amei”, eu estou sendo totalmente hipócrita, afinal eu não conheceria a pessoa desde sempre, e creio que o amor não brota como feijão no algodão a mesma coisa do ódio, se eu falar “ Eu sempre te odiei”, eu seria no mínimo uma pessoa superficial e sem algum julgamento que se valha, por odiar uma pessoa desde sempre sem algo significativo ter ocorrido  que relevaria esse ódio perpetuo, se bem que eu também não acredito na palavra ódio propriamente dita no sentido exato da palavra, mas isso deveria ficar pra outro tópico, pra quando eu sentir algo parecido e falar com alguma emoção.E sobre o amor e qualquer outro sentimento eu acho humanamente impossível eles serem contínuos, eles podem estar lá, mas não quer dizer que serão usados constantemente, afinal sentimentos são como pares de sapatos, você pode usar para cada pessoa no maximo dois sapatos, já que as pessoas têm apenas dois pés, e acredito que limitadamente você terá dois sentimentos pra  essa pessoa, um oposto do outro, e no decorrer da conversa por exemplo você escolhera com que pé pisar no pé dessa pessoa, se for com o pé da bondade ou da maldade e que depois disso é claro que você pode trocar seu par de sapato para alguma outra dupla de sentimentos, mas é obvio que há sempre quem goste de usar sapatos nas mãos para tentarem expressar mais de um sentimento por vez.
             Já sei o que fica entre o sempre e o nunca, é a dúvida! Sim claro que é a duvida, como não pensei nisso antes? O que te faz pensar em fazer algo que jurou que nunca faria? A não ser aquela pequena duvida que lhe induz a pensar em como seria se você fizesse? E ainda um caminho que você passa a sempre percorrer, e um dia surge a duvida do motivo de você sempre percorrer esse caminho?
           Bem, não acredito que as duvidas tem algo de maligno, menos quando você está fazendo alguma prova de assinalar e está em duvida entre duas ou todas as letras, nesse caso é pura sacanagem principalmente quando você escolhe a alternativa errada. Tirando isso a duvida é ferramenta muito útil da nossa mente, para nos ajudar a não seguir palavras como sempre ou nunca a risca, para que possamos arriscar outra coisa, outro sentimento, seguir nossos instintos sem estarmos atados a meras palavras.                    
           Vendo assim a duvida é muito importante para o desenvolvimento do intelecto de qualquer ser humano, pois afinal o importante não são as respostas e sim as perguntas, e da onde vieram essas perguntas a não ser de nossas duvidas?


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