sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Só sei que nada sei



As pessoas legais não parecem tão legais agora
As pessoas amigas não se mostram tão amigáveis se você reparar
Sentimentos que você pensa ter, talvez nem estejam ai
Mas o que uma garota pode fazer quando nada é o que parece?
Risadas e gargalhadas de alguém que desconheço
De alguém que não é ninguém além de mim mesma
Em um minuto estou aqui, mas depois nem lembro o verdadeiro motivo
Por minha vontade? Pelo fluxo da humanidade?
Eu não sei, sinceramente, eu já não sei mais
Se aguardo, se relevo
Se pulo, se rolo
Se durmo, se sento
Só sei que esse é um apuro em que eu me coloquei
Vivendo pela superfície
Vivendo pela beirada da piscina
Sem nunca chegar ao fundo, sem nunca chegar no meio
Sem nunca chegar ao que realmente importa
Vivendo de meias verdades
Vivendo de meias escolhas, de meios amigos
De meios sorrisos.
Mas por mais pela metade que as coisas sejam
Nunca há lagrimas que não sejam inteiras
Na verdade,  elas quase nunca aparecem
Eu deveria ter percebido antes
Realmente, eu deveria ter sido mais atenta a esses indícios
Lagrimas
Sim, lagrimas
Tão pequenas, tão significativas em sua aparente insignificância
Eu queria muito tê-las
Posso tê-las de volta, por favor?
Não tê-las aqui comigo só me apavora
E eu já tentei, e nem de pavor consigo chorar
Não tê-las aqui só me faz pensar que todas elas já derreteram
Que todas elas já se foram
Mas não, não é isso
As vezes eu choro, choro demais
Quando vejo filmes, tristes demais
Imaginando que se fosse meu próprio drama eu choraria desse jeito
Bem, acho que não...
As coisas são bem mais simples quando vistas pelo um ponto de vista de alguém de fora
Quando acontece com você, parecem bem mais complicadas
E bem, não choramos por coisas complicadas
Choramos por qual motivo além das coisas simples da vida?



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