quinta-feira, 3 de maio de 2012

Eu já falei de amor?


Muitos viveram e morreram por isso, lutas e uniões aconteceram por causa de uma única palavra, o amor.
Estava pensando agora com os meus botões, o amor não é um sentimento. É algo que aglomera sentimentos totalmente conflitantes e perturbadores.
Dele brotam diversas e opostas emoções ao mesmo tempo, sentimentos de angustia, felicidade, irritação, pertubação, alegria , calma, insegurança etc.
As vezes eu chego a pensar que esse "amor" é um produto muito procurado no mercado da vida, as pessoas colocam o seu "amor" em leilões, lojas e qualquer tipo de comércio, esperando alguém vir dar o primeiro lance, fazer uma boa oferta.
Tem uns Vendedores tão desesperados, que até mesmo colocam no bazar, pra ver quem faz uma boa pechincha.
É, o mercado do amor não é coisa fácil, principalmente quando se é um "amor" usado, nesse caso é preciso  anunciá-lo em brechós, vendas de quintal, ou quem sabe em redes sociais? 
Quem vende o "amor", são os mais solitários, digo solitários pra não dizer desesperados e afins. Pois é sabido que na maioria das vendas o importante é ter o seu produto vendido e ponto, esse é o objetivo pra começo de conversa, depois disso se o seu amor vai ser bem cuidado e bem alimentado, depende parcialmente do comprador, mas muitos vendedores esquecem que para ter uma boa venda é preciso ter um bom relacionamento com o comprador... Por que uma vez vendido seu amor, ele não é apenas seu, mas do comprador que pra comprar o seu amor deu o amor dele.
Vejamos os Compradores, posso descrevê-los como seres que vão de loja em loja ver qual amor se encaixa melhor com o seu próprio amor.
Temos os indecisos, que precisam experimentar cada amor que encontra, que não conseguem escolher o amor A ou o amor B. Temos também aqueles compradores chatos que não tendo lido as especificações do amor, reclamam prontamente no primeiro deslise desse amor.
Ah e é claro, temos os que "compram" esse amor por status, ou apenas pra exibi-lo pelo shopping para os amigos ou amigas .
Não importa o que você é, seja comprador ou vendedor, ambos passam por uma transação, quando o vendedor passa seu amor pro comprador e vice versa.

Quando digo vendedor, eu quero dizer quem demonstra abertamente estar disposto a ser "amado", e o comprador é quem está disposto a "amar".

 Mas seria muita ousadia minha dizer que não se pode amar sem ser amado, e nem ser amado sem amar. Pois essas coisas acontecem. Chamo isso de  excesso de demanda.

Excesso de demanda: Todos querem comprar o amor de um só vendedor
Enquanto isso muitos outros vendedores ficam com o seu amor empoeirado no estoque, com a data de validade pra vencer. Estes passam  por uma falta de demanda, pois não há nenhum comprador interessado neles. Por falta de propaganda, uma publicidade mal feita talvez. Não importa, há certos "produtos" que são bem mais difíceis de serem vendidos, o que não quer dizer necessariamente que eles sejam de má qualidade. 
               Muitas vezes os compradores preferem produtos que não tem como objetivo serem de qualidade, mas sim serem produzidos em larga escala, ou seja padronizados. São "amores" mais simples, que muitas vezes nem precisam que leiam o manual antes de usar, só de olhar para aquele "amorzinho" já dá pra saber como funciona, é uma predizibilidade certeira. Então é claro que demandas como essa são mais frequentes. 
Agora, aqueles amores que são totalmente estilizados, que tem um design fora do comum, são bem difíceis de serem encontrados, geralmente eles nem estão dentro desse mercado atacadão, como parece muitas vezes ser. Talvez sejam Observadores, alguém que pode comprar, mas prefere ficar na sua, e não tem interesse algum em vender o seu amor. Para eles também há uma baixa demanda, quase nula, e o estoque? Não tem estoque para esse tipo "Observador", o sistema é Just-in-time, mais eficaz, sem desperdícios, quando a demanda começar a surgir ele responde a ela. Gosto de pensar que é como uma pequena faísca, quando o Observador vê que o seu consumidor ideal entrou no mercado, ele já responde a ele, e esse consumidor entra no mercado já focado no que ele quer. São tipos de amores que não adianta fazer propaganda pesada, nem fazer uma busca aos quatro ventos do que você quer. É algo que você sabe, sempre soube e que não dá pra comercializar entre mais ninguém.   






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